Semana Santa: breves explicações

Semana Santa: breves explicações

Segunda, terça e quarta-feira teremos momentos de oração, que nos prepararão para as três grandes celebrações da Semana Santa. Não são sacramentos e nem sacramentais, pois brotam de práticas de piedade popular, sem necessidade de algum rito próprio ou a presença de algum diácono ou padre.

 

14/04 – Ofício das Trevas – 19:30h

Celebração na qual a comunidade é convidada a rezar meditando no escuro, apenas iluminada por um candelabro de 15 velas, salmos referentes ao sofrimento de Cristo no decurso da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Na medida em que se rezam os salmos vão-se apagando as velas do candelabro, deixando apenas uma acesa. A luz nos recorda a vida em Cristo e o seu sofrimento tamanho que nos parece que as trevas (morte) suplanta a luz (vida). Todos os que participam são convidados a usar vestes de cor escura.

 

15/04 – Sermão das Sete Palavras – 19:30h

Celebração na qual somos chamados a meditar sobre as últimas palavras de Jesus na Cruz. Todos sabemos que as últimas palavras de alguém que parte para a casa do Pai são as palavras que mais ficam marcadas no coração. Com Jesus não foi diferente. Os seus últimos dizeres na cruz caem em nosso coração como palavras a nunca mais serem esquecidas.

 

16/04 – Ceia judaica – 19:30h (reunir-se na Igreja)

As raízes da celebração da Missa e da Páscoa que celebramos, vamos encontrar na Ceia Pascal judaica. Ela é uma celebração familiar, na qual se faz memória o grande acontecimento da libertação do povo de Deus escravo no Egito e que foi tirado desta condição por um Deus que se faz presente no meio do povo, na hora do sofrimento, para libertá-lo. Para nós é ocasião de revivermos, por meio da última ceia, a nossa Páscoa, festa da libertação em Cristo e por Cristo.

Obs.: Quem quiser participar, deve confirmar seu nome na lista.

 

17/04 – Quinta-feira Santa – 20:30h

Celebramos solenemente a instituição da Eucaristia. Nela se recorda que a entrega de Cristo por nós deve converter-se no serviço que prestamos uns aos outros. Daí o motivo e a razão pela qual encenamos o ritual do “lava-pés” (Jo 13, 1-20). Na conclusão da celebração, as Hóstias consagradas são levadas em procissão para uma sala na lateral da nossa Igreja onde lá estaremos com Cristo, como os apóstolos que o acompanharam ao horto das oliveiras, até a meia-noite, hora em que Ele foi capturado e levado para a tortura. A Igreja vai estar vazia, sem enfeites e com as imagens e quadros cobertos, sinais da angústia, da solidão e da entrega total de Jesus.

 

18/04 – Sexta-feira Santa – 16h (Via-Sacra às 15h)

Celebramos a morte de Cristo, seguido de seu sepultamento (Mt 26, 30-27, 65). Nesse dia não se celebra Missa e sim uma solene liturgia da Palavra, na qual se adora a cruz de Jesus e se reza pela Igreja e pelo mundo. A Eucaristia é distribuída no final da celebração. É dia de silêncio e interiorização a respeito do amor incondicional de Deus por nós. Porque nos ama com um amor eterno, Jesus assume até as últimas consequências o anúncio da Boa Nova da Salvação, inclusive sendo condenado, apesar de inocente, e morrendo na cruz, embora tenha passado entre nós fazendo o bem (At 10, 38).

 

19/04 – Sábado Santo – 20:30h

Celebramos a alegre espera da Ressurreição do Senhor. Ficamos em vigília, isto é, atentos para a Ressurreição, que é a vitória da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas. Nessa celebração, realiza-se o rito do fogo novo (todos podem trazer as suas velas para serem abençoadas) e do Círio Pascal. Depois, o anúncio da Ressurreição, a proclamação das leituras e para terminar a liturgia eucarística. É a maior de todas as vigílias, nos diz Santo Agostinho.

 

20/04 – Domingo de Páscoa – 9h e 19h

Celebramos a continuidade do que foi celebrado na Vigília Pascal. As leituras bíblicas fazem memória do túmulo vazio, da surpresa e da alegria dos discípulos e discípulas ao terem as primeiras notícias de que, no poder do Pai, o Filho venceu para sempre a morte (Mt  28, 1-20).

Pe. Luis Molento

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